AGENDE-SE – enxurrada de estreias nesta sexta-feira

Veja só. Se a semana passada já reservou muitas opções, esta sexta-feira, 21, então, traz uma avalanche de estreias, o que é motivo para se comemorar. Um dos filmes mais aguardados do ano, a aventura RoboCop (idem, 2014), de José Padilha, finalmente chega aos nossos cinemas para que possamos conferir o resultado. No campo do Oscar, mais quatro filmes importantes e elogiados entram em cena: os dramas Clube de Compras Dallas (Dallas Buyers Club, 2013), de Jean-Marc Vallée; Nebraska (idem, 2013), de Alexander Payne; 12 Anos de Escravidão (12 Years a Slave, 2013), de Steve McQueen; e Inside Llewyn Davis – Balada de um Homem Comum (Inside Llewyn Davis, 2013), de Joel e Ethan Coen. Correndo por fora, há o drama épico Pompeia (Pompeii, 2014), de Paul W.S. Anderson; o drama romântico Um Conto do Destino (Winter’s Tale, 2014), de Akiva Goldsman; as animações Rodência e o Dente da Princesa (Rodencia y el Diente de la Princesa, 2012), de David Bisbano, e Justin e a Espada da Coragem (Justin and the Knights of Valour, 2013), de Manuel Sicilia, e mais um clássico moderno, Boy Meets Girl (idem, 1984), de Leos Carax. Pra completar, uma pré-estreia aguardadíssima: a animação Vidas ao Vento (Kaze Tachinu, 2013), de Hayao Miyazaki. Outro motivo para comemorar, além da quantidade de estreias, é a inauguração de três das cinco salas do North Shopping Jóquei, operadas pelo grupo Cinépolis. São novas opções se abrindo para os fortalezenses e visitantes

Joel Kinnaman em ROBOCOP (2014), de José Padilha

O RoboCop original, dirigido por Paul Verhoeven em 1987, é tão cultuado pelos fãs que desde o início do projeto desta refilmagem que quase todo mundo entortou o nariz, mesmo quando foi anunciado que seria dirigido por um cineasta de respeito como José Padilha (dos dois Tropa de Elite). As primeiras críticas, vindas dos Estados Unidos e da Europa, são mistas em relação ao filme. Por isso, o ideal é vermos o resultado com nossos próprios olhos para tomarmos nossas próprias conclusões.

Mesmo se Padilha não tiver deixado rastros de sua autoria, se ele conseguir fazer um filme que entretém e ainda fazer o espectador pensar, já está muito bom. O elenco de apoio é ótimo e traz o sumido Michael Keaton, o que não deixa de ser um mérito. Além do mais, o homem que veste a armadura do Robocop é Joel Kinnaman, conhecido e admirado por quem acompanha a série The Killing. A trama se passa no ano de 2028, em que um conglomerado tecnológico é o centro da inteligência robótica dos Estados Unidos. A população, no entanto, não confia nos robôs. Daí a ideia de fundir o homem à máquina, criando um ciborgue.

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ROBOCOP (idem, EUA, 2014), de José Padilha. Com Joel Kinnaman, Gary Oldman, Michael Keaton, Abbie Cornish, Jackie Earle Haley, Michael K. Wlliams, Jennifer Ehle, Jay Baruchel, Marianne Jean-Baptiste, Samuel L. Jackson, Aimee Garcia. 118 min. Sony Pictures. 14 anos.

Matthew McConaughey em CLUBE DE COMPRAS DALLAS (2013), de Jean-Marc Vallée

Não é nenhum exagero afirmar que hoje Matthew McConaughey é um dos melhores atores de sua geração. Nos últimos anos, seus papeis em filmes como O Poder e a Lei (2011), Killer Joe – Matador de Aluguel (2011), Amor Bandido (2012) e na recente e espetacular série True Detective (2014) só atestam a grandeza deste homem de sobrenome ruim de escrever. Clube de Compras Dallas é outro filme a enfileirar esta sua excelente fase. McConaughey perdeu 22 quilos para encarnar Ron Woodroof, um eletricista e participante de rodeios que recebe a notícia de que tem só 30 dias de vida ao ser diagnosticado com o vírus da AIDS, em 1985. Sem aceitar o destino, Woodrof, homofóbico e viciado em cocaína, descobre que é possível trazer do México um coquetel que é muito mais eficiente que o AZT, única terapia então permitida nos EUA, e acaba ajudando a si e a outros soropositivos, como o transexual vivido por Jared Leto. Clube de Compras Dallas está indicado a melhor filme, roteiro original, montagem, maquiagem, melhor ator e ator coadjuvante.

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CLUBE DE COMPRAS DALLAS (Dallas Buyers Club, EUA, 2013), de Jean-Marc Vallée. Com Matthew McConaughey, Jennifer Garner, Jared Leto, Denis O’Hare, Steve Zahn, Michael O’Neill, Dallas Roberts, Griffin Dunne. 117 min. Universal. 16 anos.

Bruce Dern em NEBRASKA (2013), de Alexander Payne

Desde Eleição (1999) que Alexander Payne tem recebido atenção da Academia e estado presente no Oscar. Mas, só a partir de Sideways – Entre Umas e Outras (2004) e Os Descendentes (2011) que alcançou a façanha de ter os seus trabalhos indicados na categoria principal. Aconteceu novamente com o seu mais novo recente, Nebraska, drama fotografado em preto e branco que narra a história de um homem velho (Bruce Dern) que faz uma viagem de Montana a Nebraska com o filho (Will Forte) para reivindicar um prêmio milionário que acredita ter ganhado. Acontece que no meio do caminho o pai sofre um acidente e precisa descansar, parando na casa de familiares, que ficam logo com o olho gordo para o cobiçado prêmio. Nebraska está indicado ao Oscar nas categorias de melhor filme, direção, ator (Dern), atriz coadjuvante (June Squibb), roteiro original e fotografia.

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NEBRASKA (idem, EUA, 2013), de Alexander Payne. Com Bruce Dern, Will Forte, June Squibb, Bob Odenkirk, Stacy Keach, Mary Louise Wilson, Rance Howard, Tim Driscoll. 115 min. Sony Pictures. 12 anos.

Em destaque, Chiwetel Ejiofor, em 12 ANOS DE ESCRAVIDÃO (2013), de Steve McQueen

Basta ver o trailer e ficar indignado com o drama de Solomon Northup (Chiwetel Ejiofor), um homem negro livre de Nova York que é capturado e obrigado a trabalhar na condição de escravo. 12 Anos de Escravidão foi indicado a 9 Oscar, e é um dos três favoritos a ganhar a estatueta principal. Terceiro longa-metragem do londrino Steve McQueen, depois do sucesso de crítica de Hunger (2008) e Shame (2011), 12 Anos de Escravidão é certamente o seu filme de maior visibilidade. Tanto pela temática, de forte apelo, mas pouco usada nos filmes, quanto pelo número de indicações ao prêmio máximo da Academia. Além de um poderoso elenco afro, o filme também ainda conta com participações de astros mais famosos, como pode ver na ficha técnica. 12 Anos de Escravidão foi indicado ao Oscar nas categorias de melhor filme, direção, ator (Chiwetel Ejiofor), ator coadjuvante (Michael Fassbender), atriz coadjuvante (Lupita Nyong’o), roteiro adaptado, edição, figurino e desenho de produção.

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12 ANOS DE ESCRAVIDÃO (12 Years a Slave, EUA/Reino Unido, 2013), de Steve McQueen. Com Chiwetel Ejiofor, Michael Fassbender, Benedict Cumberbatch, Paul Dano, Paul Giamatti, Lupita Nyong’o, Brad Pitt, Alfre Woodard, Dwight Henry, Dickie Gravois, Bryan Batt, Ashley Dyke, Kelsey Scott, Quvenzhané Wallis, Sarah Paulson. 134 min. Disney. 14 anos.

Oscar Isaac em INSIDE LLEWYN DAVIS – BALADA DE UM HOMEM COMUM (2013), de Joel e Ethan Coen

Tendo já ganhado dois dos prêmios mais importantes do cinema, a Palma de Ouro em Cannes com Barton Fink – Delírios de Hollywood (1991) e o Oscar de melhor filme com Onde os Fracos Não Têm Vez (2007), os irmãos Coen entraram numa posição privilegiada de fazer trabalhos mais intimistas sempre que quiserem. Foi assim com o belo e estranho Um Homem Sério (2009) e pode ser o caso também deste Inside Llewyn Davis – Balada de um Homem Comum, que narra uma semana na vida de um cantor de música folk na Nova York de 1961. A trama é baseada levemente na vida do nova-iorquino Dave van Ronk (1936 – 2002), que foi parte fundamental da cena folk de Greenwich Village nos anos 60 (de onde saíram Phil Ochs, Bob Dylan e Joni Mitchell). Inside Llewyn Davis – Balada de um Homem Comum foi indicado ao Oscar nas categorias de fotografia e mixagem de som.

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INSIDE LLEWYN DAVIS – BALADA DE UM HOMEM COMUM (Inside Llewyn Davis, EUA/Reino Unido/França, 2013), de Joel e Ethan Coen. Com Oscar Isaac, Carey Mulligan, John Goodman, Garett Hedlund, Justin Timberlake, Ethan Phllips, Robin Bartlett, Max Casella, Adam Driver. 104 min. Paris Filmes. 12 anos.

Kit Harington em POMPEIA (2014), de Paul W.S. Anderson

Depois do decepcionante Hércules, de Renny Harlin, chega a vez de mais um filme da categoria espada e sandálias entrar em cartaz. Pompeia pode ter melhor sorte, apesar da direção nem sempre com garantia de qualidade de Paul W.S. Anderson, mais conhecido pela franquia Resident Evil. A tragédia de Pompeia já foi diversas vezes contada no cinema. Trata-se de uma ilha importante do Império Romano que foi destruída durante a erupção do vulcão Vesúvio em 79 d.C. O filme se passa momentos antes e também durante a erupção. No centro da trama está o escravo Milo (Kit Harrington, da série Game of Thrones), que sonha em comprar sua liberdade e, assim, se casar com Flavia (Emily Browning), a filha de seu dono, Lucrécio (Jared Harris). O que Milo não sabe é que está sendo negociado com um senhor de escravos de Nápoles – e a jovem está prometida a um corrupto senador de Roma (Kiefer Sutherland). A missão de Milo é voltar a Pompeia e salvar Flavia e o gladiador, seu melhor amigo.

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POMPEIA (Pompeii, EUA/Alemanha, 2014), de Paul W.S. Anderson. Com Kit Harington, Emily Browning, Kiefer Sutherland, Jessica Lucas, Jared Harris, Sasha Roiz, Carrie-Ann Moss, Adewale Akinnoye-Agbaje. 105 min. Imagem Filmes. 12 anos.

Colin Farrell em UM CONTO DO DESTINO (2014), de Akiva Goldsman

metragens (ele dirigiu vários episódios da série de TV Fringe) com este curioso drama romântico estrelado por Colin Farrell. Um Conto do Destino é adaptação de um romance de Mark Helprin, que combina história de amor com toques fantásticos. Na trama, durante uma noite fria de inverno, Colin Farrell é Peter Lake, um homem que pretende roubar uma vistosa mansão na parte mais nobre de Nova York do século XIX. Ao adentrar a casa, porém, muda de planos ao conhecer e se apaixonar pela jovem Beverly (Jessica Brown Findlay), que sofre de uma doença grave. Ao mesmo tempo, é perseguido por seu ex-patrão, vivido por Russell Crowe. O que o filme traz de fantástico é o que faz Peter transitar entre o passado e o mundo contemporâneo em busca de seu amor.

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UM CONTO DO DESTINO (Winter’s Tale, EUA, 2014), de Akiva Goldsman. Com Colin Farrell, Jessica Brown Findlay, Russell Crowe, Jennifer Connelly, William Hurt, Will Smith, Ripley Sobo. 118 min. Warner. 12 anos.

Os animados personagens de RODÊNCIA E O DENTE DA PRINCESA (2012), de David Bisbano

A demanda de filmes de animação em 3D aumentou consideravelmente com a chegada da nova tecnologia. Com isso, filmes de diversas nacionalidades ganham a chance de estrear em diferentes países, como foi o caso de Um Time Show de Bola (2013), de Juan José Campanella. Mostrando mais uma vez que a Argentina está dominando as técnicas de animação, entra em cartaz outro filme voltado aos pequenos, Rodência e o Dente da Princesa, quarta animação de David Bisbano. A trama se passa dentro de uma enorme e selvagem floresta, com um reino chamado Rodência. Na trama, um pequeno rato chamado Edam, um desastrado aprendiz de mágico, e Brie, uma ratinha bonita e confiante, têm de enfrentar obstáculos perigosos para obter o poder do dente da princesa. Contra eles, há o bando de ratos comandado pelo maléfico Rotex. O filme é um lançamento exclusivo das novas salas do North Shopping Jóquei.

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RODÊNCIA E O DENTE DA PRINCESA (Rodencia y el Diente de la Princesa, Argentina/Chile, 2012), de David Bisbano. Com as vozes originais de Hernán Bravo, Natalia Rosminati, Ricardo Alanis, Enrique Porcellana. 85 min. H2O Films. Livre.

Os corajosos personagens de JUSTIN E A ESPADA DA CORAGEM (2013), de Manuel Sicilia

Produção espanhola, mas falada originalmente em inglês e com vários nomes de Hollywood na dublagem, Justin e a Espada da Coragem chega, pelo menos inicialmente, apenas nas sessões matinês de sábado e domingo, no Iguatemi. O filme resgata as aventuras de cavaleiros e dragões, oriundas da Idade Média, na Europa. É também um filme sobre a jornada de um menino para se tornar um homem a partir do momento em que ele luta para ser um cavaleiro, na época, uma das posições de mais destaque na sociedade. Na trama, Justin é o garoto que quer seguir os passos do avô e não do pai, que deseja que ele seja um advogado, como ele. Depois de deixar sua casa para abraçar o que deseja, ele encontra no caminho uma série de pessoas que serão importantes para que ele alcance o seu destino e viva grandes aventuras.

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JUSTIN E A ESPADA DA CORAGEM (Justin and the Knights of Valour, Espanha, 2013), de Manuel Sicilia. Com as vozes originais de Freddie Highmore, Saoirse Ronan, Antonio Banderas, Alfred Molina, James Cosmo, Rupert Everett, Charles Dance. 90 min. PlayArte. 10 anos.

Denis Lavant e Mireille Perrier em BOY MEETS GIRL (1984), de Leos Carax

Aproveitemos a oportunidade de ver dois trabalhos do cultuado cineasta francês Leos Carax, coisa rara em nossa cidade. Na semana passada, estreou Sangue Ruim (1986), nesta entra em cartaz Boy Meets Girl, primeiro longa-metragem do diretor e já trazendo o seu ator-fetiche, Denis Lavant, que pôde ser visto recentemente fazendo um personagem camaleônico no sensacional Holy Motors (2012), filme que compôs a primeira mostra especial organizada pela nova gestão do Dragão do Mar. Lavant interpreta um jovem aspirante a cineasta que é deixado pela namorada, que o troca por seu melhor amigo. Isso acaba perturbando sua criatividade. Além de tudo, ele terá de se alistar no exército dentro de três dias. Ele resolve, então, perambular pelos lugares mais obscuros de Paris. A bela fotografia em preto e branco é um dos destaques do filme.

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BOY MEETS GIRL (idem, França, 1984), de Leos Carax. Com Denis Lavant, Mireille Perrier, Carroll Brooks, Maïté Nahyr, Elie Poicard, Christian Cloarec, Lorraine Berger. 100 minutos. Pandora Filmes. 14 anos. Pré-estreia

Imagem bela de VIDAS AO VENTO (2013), de Hayao Miyazaki

Cena de VIDAS AO VENTO (2013), de Hayao Miyazaki

E o maior diretor de animações vivo anunciou sua aposentadoria. Segundo declaração do próprio Hayao Miyazaki (73), Vidas ao Vento é o seu último longa-metragem. O que é uma pena, pois fica uma lacuna imensa que outro diretor dificilmente conseguirá preencher. O diretor de A Viagem de Chihiro (2001) e Ponyo: uma Amizade Que Veio do Mar (2008), entre outros, retorna com uma história mais dirigida a públicos maduros, ao nos apresentar a um homem que trabalhou como designer de aviões de combate durante a Segunda Guerra Mundial. O filme acompanha alguns eventos históricos do Japão, como o grande terremoto em Kanto, a grande depressão, a epidemia de tuberculose e a entrada do Japão na Segunda Grande Guerra. Ao mesmo tempo, o filme mostra os amores e as amizades do personagem.

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VIDAS AO VENTO (Kaze Tachinu, Japão, 2013), de Hayao Miyazaki. Com as vozes originais de Hideaki Anno, Miori Takimoto, Hidetoshi Nishijima, Masahiko Nishimura, Keiko Takeshita, Jun Kunimura. 126 min. California Filmes. 12 anos.

Saem de cartaz

47 Ronins

A Floresta de Jonathas

Até Que a Sorte Nos Separe 2

Caminhando com Dinossauros

Frankenstein – Entre Anjos e Demônios

Sangue Ruim

Glória

Tarzan

Não entram em cartaz

Confira os lançamentos nacionais programados para esta sexta-feira, 21, e que não entrarão em cartaz esta semana na cidade.

La Playa (idem, Colômbia/França/Brasil, 2012), de Juan Andrés Arango. Com Luis Carlos Guevara, James Solís (Tucumán).